Já se sabe quase tudo sobre os novos telemóveis da Apple, mas vale a pena revisitar alguns pontos que fazem a diferença relativamente às gerações anteriores e relativamente ao que a concorrência apresenta.
O simples facto de a Apple ter apresentado no mesmo dia duas versões novas e diferentes do iPhone é por si só um marco histórico para a tecnológica.
A empresa de Cupertino quer chegar a mais mercados e para isso apostou em alguns factores extra, que na opinião de uns são inovadores, que na perspetiva de outros é "chover no molhado". Quando o TeK experimentar o iPhone 5c e iPhone 5s, logo se verá.
Até que os telemóveis cheguem a Portugal, vale a pena ficar a conhecer quais são as principais novidades nos novos dispositivos da Apple. O TeK enumera algumas e explora as suas possibilidades.
Personalização em dose extra
O iPhone 5c acaba por representar aquilo que a Apple nunca teve em grandes doses: personalização. O vice presidente global da área de marketing, Phil Schiller, considerou este smartphone como o "mais colorido e mais divertido" de sempre na marca da maçã.
A traseira é um bloco único que também envolve as partes laterais. Construída em policarbonato, na parte interior há toda uma estrutura em aço que reforça a consistência e resistência do telefone. O plástico em vez de ser baço, como alguns Nokia Lumia, é brilhante para contrastar com os acessórios.
E nem tudo vem incluído no pacote. A Apple decidiu criar um conjunto de capas coloridas de silicone, com orifícios na parte traseira, que criam um esquema de cores no telemóvel. Cada capa vai custar perto de 30 dólares, pouco mais do que 20 euros.
As cores aplicam-se bem ao novo esquema do iOS 7. "O hardware e software funcionam de forma homogénea", referiu o VP da área de design, Jonathan Ive.
No caso do iPhone 5s volta-se à estratégia "estanque" de cores, mas que parecem mais premium que nunca, sobretudo o telemóvel em cor dourada. Também há um iPhone 5s em prateado e em cinzento "espacial", para os que gostam de cores mais sóbrias.
Toca-me e dir-te-ei quem és
A tecnologia é chamada pela Apple como Touch ID, mas para os comuns dos mortais trata-se de um leitor de impressões digitais. Usando o conceito de que cada impressão é diferente em todas as pessoas, a empresa de Cupertino criou um sistema de segurança único e pessoal caso o utilizador assim o deseje.
O segredo está no botão Home do iPhone. Esse botão é agora constituído por várias camadas de elementos. O sensor que deteta a estrutura do dedo é mais fino que um cabelo humano, mas consegue obter informações de alta resolução.
O sensor é rodeado por um aro de aço que ajuda a detetar a presença do dedo - mesmo sem a pessoa carregar no botão - e é protegido por uma película de cristal de safira que confere resistência ao mesmo.
As vantagens estão no desbloqueio do telemóvel mais simplificado, na maior proteção das informações que estão no smartphone e na simplificação de algumas operações, como validar uma compra no iTunes.
As empresas e todas as instituições que estão a adotar a estratégia de bring your own device (BYOD) podem ver neste elemento tecnológica um factor extra em relação à concorrência.
Processador com suporte a arquitetura de 64bits
O que significa esta característica? O novo chip A7 é o primeiro processador de um smartphone a suportar uma arquitetura igual à de muitos computadores e consolas. E na prática isto significa que o iPhone 5S, o único com este processador, vai ter uma potência de processamento muito superior.
À performance melhorada pode estar associado um consumo de bateria mais inteligente e reduzido, já que a transição entre aplicações e comandos é feita de modo mais rápido e não tão "quebrado".
O A7 abre espaço para que os programadores de aplicações e jogos possam desenhar software mais exigentes para o telemóvel da Apple. E existem funcionalidades que precisam de velocidade de análise de dados e processamento de informação, como o leitor biométrico.
O iOS 7 vai acompanhar a tendência de desenvolvimento - e outra coisa não seria de esperar - ao apresentar um kernell nativo também ele de 64-bits. Os programadores não vão sofrer grandes dores de cabeça já que o A7 é retrocompatível com os software desenvolvidos em 32-bits.
A Apple pode agora também aproveitar para fomentar uma convergência de plataformas - Mac OS e iOS - já que em termos de arquitetura a estrutura poderá ser partilhada. Quem sabe se num futuro próximo o iPhone não será também o núcleo duro da experiência de utilização dos computadores Mac.
Contudo há quem diga que um processador de 64-bits é demasiado para um telemóvel e neste momentum de mercado não vai ser aproveitado. O debate está aberto, deixem a vossa opinião sobre o tema nos comentários.
O Big Brother do movimento
O M7 é um outro elemento novo que marca presença no iPhone 5S. Este componente monitoriza constantemente o movimento dos utilizadores, informação que pode ser valiosa para o segmento das aplicações de desporto e relacionadas com a saúde.
Assim o telemóvel saberá sempre quando o utilizador está parado, em andamento ou até a deslocar-se dentro de um veículo.
Ligado a todos os restantes elementos de movimento do telemóvel - giroscópio, acelerómetro, GPS e bússola -, o co-processador M7 está desenhado para rentabilizar ao máximo o desenvolvimento de software especializado.
120fps - câmara lenta a la profissional
O sensor fotográfico do iPhone 5s foi melhorado relativamente ao do modelo anterior, mas a funcionalidade que se destaca está a nível de software e na capacidade em gravar filmes com resolução HD em câmara lenta. A grande capacidade de captação de frames por segundo permite criar filmes com efeitos misturados, entre ação em ritmo "natural" e cenas mais detalhadas.
A edição pode ser feita no telefone logo no momento seguinte em que o vídeo foi captado.
A lente de cinco elementos tem uma abertura maior - f/2.2 - e o sensor fotográfico é 15% mais largo. O novo flash duplo na parte traseira consegue reproduzir até mil tons diferentes de luminosidade, mais quentes ou mais frias, dependendo do ambiente onde é captada a fotografia.
Fonte:Tek