Análise - PrototypeHD Biohazard Bundle é um grande desânimo
Sem qualquer aviso de chegada - as remasterizações de Prototype e da sua sequela de 2012 surgiram na loja da Xbox One - quase como se não quisesse ser apanhado. Olhando para ele é uma remasterização padrão: ambos os jogos correm a 1080p nativa, melhorando a qualidade de imagem sobre as versões sub-720p da PS3 e Xbox 360. No entanto, tudo o resto está igual: cada jogo mantém as mesmas distâncias de visão, texturas e sombras.
Temos um remaster HD que rapidamente espanta pela negativa. O primeiro corre a 30fps com v-sync adaptável, baixando para meios 20s com tearing quando surgem explosões. Dá para jogar - sólido no geral - mas sem ambição tendo em conta o design repetitivo do mundo.
Mesmo pelos padrões mais recentes da PS3 e 360 as animações, efeitos e texturas não se aguentam muito bem na nova consola e é difícil perceber porque este jogo não corre a 30fps fixos. A sério, tendo em conta a idade, é um desânimo completo que os programadores não tenham conseguido 60fps. De resto, é uma conversão vazia.
Prototype 2 remastered na Xbox One corre num rácio de fotogramas inferior ao do original na PS3, frequentemente distante do da Xbox 360. Tradicionalmente corre a 30fps ao percorrer o mundo com direito a screen tear.
Se o primeiro desaponta, Prototype 2 na Xbox One é uma trapalhada. Desde logo as cutscenes soluçam um fotograma sempre que a câmara muda de ângulo (aparentemente devido à mudança numa passagem de iluminação). Ascender aos arranha-céus de Manhattan mostra o jogo a correr entre 20-25fps com screen-tear muito intrusivo. Está entre os piores jogos da Xbox One até à data, apesar das suas origens modestas. Apesar das físicas e iluminação mais ambiciosas que as do original, é espantoso ver o rácio de fotogramas na One ficar tão baixo.
O pior é a forma como a sequela na One se compara com os originais. Nem a PS3 e nem a 360 triunfaram nisto; na consola Microsoft tínhamos muito tearing e rácios fotogramas piores, a PS3 ganhou o Confronto original. Em comparação directa, a Xbox One tem dificuldades para igualar a 360, indo tão baixo quanto 18fps ao sobrevoar a cidade (nas consolas originais corria a 20fps fixos com v-sync de double-buffer).
No gameplay, o rácio de fotogramas na One fica muito atrás do da anterior consola Microsoft. Numa cena, a 360 ganha com 4fps de vantagem numa luta contra um tanque, a One fica a 23fps perto do final. O aumento na resolução para 1080p é um bónus para a actual consola mas quando as cenas de luta ficam lentíssimas e os visuais soluçam, ficamos apenas com uma versão mais nítida do original sem qualquer aumento na jogabilidade. Não nos divertimos quanto desejaríamos.
Apesar de datado pelos padrões actuais, pelo menos o original aguenta sólidos 30fps na Xbox One. O jogo começa com um soberbo teste ao motor Titanium, apenas perdendo fotogramas em momentos raros.
Pior é que a versão PS3 bate a da Xbox One. Nos nossos testes, a máquina da Sony corre sem tearing e ainda consegue bater as duas máquinas no rácio de fotogramas. Infelizmente este é outro aspecto no qual a remaster falha: o tearing é horrível na One e raramente desaparece. Na PS3 navegamos suavemente pelo gameplay, sem tearing - mesmo com resolução inferior.
Juntando tudo, é mesmo um esforço desanimador. Temos um aumento na resolução mas os bens centrais estão iguais. Uma falta de promoção antes do lançamento faz sentido agora; nenhum dos remasters triunfa. Não era esperado uma revisão completa ao design visual de cada um mas enquanto conversão rudimentar esperávamos sólidos 30fps na Xbox One. Uma versão PlayStation 4 de cada está a caminho e se existir esperança, é a de que essas versões não fiquem piores.
Fonte: EuroGamer.pt