Novos dados sobre a Titan, uma das luas que orbitam Saturno, indicam que um avião seria o equipamento ideal para estudar a superfície do satélite e descobrir mais sobre suas origens. De acordo com Jani Radebaugh, geologista da Brigham Young University, os ventos estáveis e de baixa velocidade propiciam a utilização desse tipo de veículo.
Dez vezes mais distante do Sol do que a Terra, Titan também pode desvendar alguns dos mistérios que levaram à criação do nosso planeta. Com células orgânicas de carbono e hidrogênio e energia em sua atmosfera, o satélite pode conter água em seu interior e até mesmo contar com algum tipo de vida microscópica em sua superfície.
A densidade da atmosfera de Titan, composta de metano e quatro vezes mais densa que a da Terra, não deve ser um empecilho para a pesquisa, que ainda está em fase de testes na NASA. O avião seria energizado por uma bateria nuclear, que serviria apenas para o envio de dados de volta para a Terra, com os ventos de Titan tendo todo o trabalho de manter a sonda no ar.
Segundo Radebaugh, o projeto é relativamente simples. O único problema é que a sonda levaria sete anos para chegar até Titan, e os dados enviados por rádio teriam um atraso de cerca de 90 minutos até retornarem à Terra.