Aokigahara é um bosque que fica na base do monte Fuji no Japão. É um Bosque tão fechado que, quando o sol brilha sobre ele, a luz penetra pelos vãos entre as copas das árvores e forma pilares de luz. Tem aspecto fantasmagórico. Depois de um tempo caminhando, as árvores se fecham de tal maneira que é impossível ouvir algo além dos sons que a natureza faz. Também conhecido por "Mar das árvores". Este bosque é o lugar mais popular para cometer suicídios no Japão. Mais de 500 pessoas já tiraram a própria vida em Aokigahara. Anualmente, muitas pessoas vão para Aokigahara e nunca mais voltam. A forma mais comum de suicídio é por enforcamento.
Ações do Governo Japonês
Nesse lugar macabro alguns profissionais trabalham apenas para buscar corpos de suicidas. Pelotões de busca, formados por voluntários e bombeiros, se revezam em turnos e sempre acabam encontrando corpos em diferentes estágios de decomposição. Os cadáveres não estão imunes a animais da área e são encontrados parcialmente devorados por animais.
Uma espécie de ritual torna o trabalho mais complicado. Assim que os mortos são trazidos para a base onde ficam os responsáveis por recolher os corpos, eles são levados até uma sala. Nesse ambiente, há duas camas – uma para o cadáver e outra para alguém que dormirá no mesmo lugar. Acredita-se que, se o cadáver ficar sozinho nessa noite o yurei (como são chamadas as almas penadas de gente que partiu antes da hora) vai berrar a noite inteira. Para evitar que isso aconteça, os cata-corpos tiram a sorte no tradicional jan-ken-pon (o nosso joquempô, em seu nome original) para ver quem é que vai dividir o quarto com o defunto.
O Japão e os Suicídios
Segundo a Organização Mundial de Saúde, um milhão de pessoas se suicidam todos os anos. Dentre os países desenvolvidos, o Japão é o que apresenta a maior taxa. Na maioria dos países do ocidente, onde predomina o cristianismo, o suicídio é considerado um ato negativo e contra os ensinamentos religiosos. O Japão, por outro lado, viveu um período em sua história em que o suicídio era até glorificado, como em casos de haraquiri (cortar o ventre a faca ou a sabre) ou os camicases (do japonês "vento divino", se refere aos pilotos treinados para desferir ataques suicidas contra alvos inimigos). A dedicação e a fidelidade ao Imperador podem não ter o mesmo sentido hoje, mas devido a esse passado, o suicídio não desperta um sentimento de culpa tão forte como entre os ocidentais.
A história de Taro
Taro (nome fictício), um homem de 46 anos de idade que foi despedido de seu trabalho em uma usina siderúrgica, esperava se perder na escuridão do bosque. - "Minha vontade de viver tinha desvanecido", disse ele. - "Tinha perdido minha identidade, de modo que não queria viver mais desta forma. Foi por isso que fui a Aokigahara". O homem, que não quis ser identificado, estava nadando em dívidas e já tinha sido despejado do apartamento fornecido pela companhia onde trabalhava.
Taro perdeu o controle financeiro de sua vida, o que ele crê, ser a base de toda vida estável. - "É necessário dinheiro para sobreviver. Se você tem uma namorada, precisa dinheiro. Se quer casar, precisa dinheiro. O dinheiro é tudo na vida". Taro comprou uma passagem só de ida para o bosque. Quando chegou lá cortou os pulsos, ainda que as feridas não tenham sido suficientemente profundas para matá-lo rapidamente. Ele começou a vagar pelo bosque. Desmaiou nos arbustos após delirar por vários dias a ponto de morrer devido à desidratação, a fome e por ter as extremidades congeladas.
Taro perdeu todos os dedos de seu pé direito por causa do congelamento. Mas não perdeu a vida porque um excursionista encontrou seu corpo agonizante e pediu auxilio. A história de Taro é uma das centenas que ocorrem no bosque de Aokigahara a cada ano. A taxa de suicídio no Japão é uma das mais altas do mundo e aumentou recentemente por causa da crise econômica. Muitos temem que, se continuar o aumento do desemprego e das falências, a taxa poderia aumentar atingindo os níveis mais altos que ocorreram em tempos econômicos difíceis do passado. As autoridades locais dizem que como última instância instalaram câmeras de segurança à entrada do bosque, para deter às pessoas de cometer suicídio.
Fonte.
Ações do Governo Japonês
Nesse lugar macabro alguns profissionais trabalham apenas para buscar corpos de suicidas. Pelotões de busca, formados por voluntários e bombeiros, se revezam em turnos e sempre acabam encontrando corpos em diferentes estágios de decomposição. Os cadáveres não estão imunes a animais da área e são encontrados parcialmente devorados por animais.
Uma espécie de ritual torna o trabalho mais complicado. Assim que os mortos são trazidos para a base onde ficam os responsáveis por recolher os corpos, eles são levados até uma sala. Nesse ambiente, há duas camas – uma para o cadáver e outra para alguém que dormirá no mesmo lugar. Acredita-se que, se o cadáver ficar sozinho nessa noite o yurei (como são chamadas as almas penadas de gente que partiu antes da hora) vai berrar a noite inteira. Para evitar que isso aconteça, os cata-corpos tiram a sorte no tradicional jan-ken-pon (o nosso joquempô, em seu nome original) para ver quem é que vai dividir o quarto com o defunto.
O Japão e os Suicídios
Segundo a Organização Mundial de Saúde, um milhão de pessoas se suicidam todos os anos. Dentre os países desenvolvidos, o Japão é o que apresenta a maior taxa. Na maioria dos países do ocidente, onde predomina o cristianismo, o suicídio é considerado um ato negativo e contra os ensinamentos religiosos. O Japão, por outro lado, viveu um período em sua história em que o suicídio era até glorificado, como em casos de haraquiri (cortar o ventre a faca ou a sabre) ou os camicases (do japonês "vento divino", se refere aos pilotos treinados para desferir ataques suicidas contra alvos inimigos). A dedicação e a fidelidade ao Imperador podem não ter o mesmo sentido hoje, mas devido a esse passado, o suicídio não desperta um sentimento de culpa tão forte como entre os ocidentais.
A história de Taro
Taro (nome fictício), um homem de 46 anos de idade que foi despedido de seu trabalho em uma usina siderúrgica, esperava se perder na escuridão do bosque. - "Minha vontade de viver tinha desvanecido", disse ele. - "Tinha perdido minha identidade, de modo que não queria viver mais desta forma. Foi por isso que fui a Aokigahara". O homem, que não quis ser identificado, estava nadando em dívidas e já tinha sido despejado do apartamento fornecido pela companhia onde trabalhava.
Taro perdeu o controle financeiro de sua vida, o que ele crê, ser a base de toda vida estável. - "É necessário dinheiro para sobreviver. Se você tem uma namorada, precisa dinheiro. Se quer casar, precisa dinheiro. O dinheiro é tudo na vida". Taro comprou uma passagem só de ida para o bosque. Quando chegou lá cortou os pulsos, ainda que as feridas não tenham sido suficientemente profundas para matá-lo rapidamente. Ele começou a vagar pelo bosque. Desmaiou nos arbustos após delirar por vários dias a ponto de morrer devido à desidratação, a fome e por ter as extremidades congeladas.
Taro perdeu todos os dedos de seu pé direito por causa do congelamento. Mas não perdeu a vida porque um excursionista encontrou seu corpo agonizante e pediu auxilio. A história de Taro é uma das centenas que ocorrem no bosque de Aokigahara a cada ano. A taxa de suicídio no Japão é uma das mais altas do mundo e aumentou recentemente por causa da crise econômica. Muitos temem que, se continuar o aumento do desemprego e das falências, a taxa poderia aumentar atingindo os níveis mais altos que ocorreram em tempos econômicos difíceis do passado. As autoridades locais dizem que como última instância instalaram câmeras de segurança à entrada do bosque, para deter às pessoas de cometer suicídio.
Fonte.