A Sony começou a desenvolver a PlayStation 4 em 2008, dois anos após o lançamento da PlayStation 3. Estão surpreendidos? Não deviam. Criar uma nova consola é um processo complexo e uma aposta para o futuro, tudo deve ser planeado minuciosamente e não deixar nada ao acaso.
Foi Mark Cerny, o arquitecto da nova consola, o primeiro a começar a pensar sobre o que deveria ser incluído dentro da PlayStation 4, revelou o Gamasutra. Então, em 2007, começou a ler, no seu tempo livre, documentos sobre o processador x86, que foi o escolhido para a PlayStation 4.
Tendo já pensado sobre o assunto, Mark Cerny propôs aos seus superiores que lhe dessem as rédeas do projecto da nova consola. Para sua surpresa, foi-lhe concedido o que tinha pedido.
Depois de estar encarregue do projecto, Cerny começou, em 2008, a questionar os produtores subtilmente, sem mencionar que a Sony estava já a trabalhar na PlayStation 4, sobre o que desejavam, teoricamente, numa consola de próxima geração. A resposta foi clara: memória unificada.
A Sony tornou o desejo dos produtores realidade, dando-lhes 8GB de memória RAM GDDR 5, à qual o processador e placa gráfica da consola têm acesso. Até agora, os produtores mostraram-se contentes com esta decisão.
Também ficou decidido que a PlayStation 4 teria um processador com oito núcleos. A outra hipótese era quatro núcleos. Incluir mais que oito núcleos foi logo posto de parte, pois chegou-se à conclusão de que seriam precisas técnicas especiais para aproveitar o poder de um processador com esta arquitectura, e a Sony não queria enfrentar os mesmos desafios que enfrentou com a PlayStation 3, que embora tivesse um processador muito poderoso para 2006, era muito complexo de trabalhar.
Esta filosofia da Sony de centrar-se no que os produtores querem não começou com a PlayStation 4, mas antes com a PlayStation Vita, de acordo com Cerny.
A PlayStation 4 só tem recebido elogios até agora, no entanto, a Microsoft ainda não revelou a sua arma para combater a nova consola da Sony na próxima geração.