Em entrevista a CVG, o presidente da Sony Worldwide Studios, Shuhei Yoshida, comentou sobre vários aspectos do PlayStation 4, a conferência da Sony na E3, The Last Guardian, etc.
Sobre a conferência na E3, Yoshida comentou que eles não esperavam a reação que o público teve, que chegaram a comentar que a reação foi semelhante à E3 de 1995, quando eles revelaram o PSOne e seu preço.
Sobre sua presença no palco, o presidente comentou que estava animado, e que diversas pessoas twitaram para ele comentando que ele parecia feliz. Apesar de no começo achar que outra pessoa deveria fazer a apresenção, ele foi convencido, já que este é o ano de lançamento do PS4.
Sobre o preço do PS4, Yoshida comenta que a diferença entre PS4 e XOne os deixa numa posição agradável, e lembra a situação que eles passaram quando lançaram o PS3. Além disso, sobre o preço de 399 dólares, ele comenta que eles sempre planejaram chegar nesse preço, e que se impressionou quando a "outra companhia" anunciou o preço deles.
Sobre o lançamento do PS4 em outros mercados, Shuhei diz que eles estão esperando mais informações sobre a fabricação e a demanda de cada mercado, antes de anunciar onde e quando, além dos EUA e Europa, o PS4 será lançado.
Sobre as empresas third-parties poderem implementar algum tipo de restrição online aos jogos usados, Yoshida comenta que o que o Jack quis dizer foi que quando o assunto é jogar offline, não há diferenças entre PS3 e PS4. "Quando se fala de acessar o multiplayer online, isso agora será a cargo da PS Plus. Os títulos first-party tinham o online pass no PS3 e Vita. Isso não ocorrerá no PS4. O mesmo ocorrerá para as third-parties; quando se trata de permitir acesso ao multiplayer online, isso será responsabilidade da PS Plus. Existem diversas razões. Uma é que as publishers estão sempre provendo os serviços de rede necessários. O exemplo mais simples é um MMO. Você tem uma enorme comunidade e está sempre adicionando conteúdo. É um serviço online. Não faz sentido que um disco lhe dê acesso eternamente. Outro exemplo são os jogos que possuem conteúdo DLC em um season pass. Além de apenas dar acesso ao multiplayer, é o direito da publisher de inventar novos modelos de negócio para oferecer aos seus consumidores."
Sobre a demanda de jogos usados, Shuhei diz que os jogos estão se tornando serviços, que é um período de transição. "Primeiro, costumava ser apenas o que tem no disco; depois, o que tem no disco mais o conteúdo adicional. Agora, tornou-se o que há no disco, mais o conteúdo e serviços adicionais. Quando se torna mais e mais como um modelo de serviços online, as publishers precisam gerar renda através desses serviços adicionais que elas provém. É natural. Não é apenas algo 'usado' ou 'novo', estamos falando de serviços. Não dá para usar um serviço e então dá-lo a outra pessoa. Isso será algo baseado na conta da pessoa, sempre.˜
Sobre a decisão de colocar a jogatina online como algo pago, o presidente comenta que isso foi uma grande decisão. "Discutimos e decimos internamente que o acesso à jogatina online no PS3 e Vita será gratuito, isso é certo. Mas pelas ferramentas de conectividade online do PS4, como segunda tela, downloads automáticos e funções de compartilhamento, os pilares da experiência no console, são necessários investimentos contínuos nesta área para expandir e melhorar os serviços online."
"Se continuarmos a oferecer o acesso online gratuitamente, teremos que diminuir os custos para que continue gratuito. Mas isso entra em conflito com nosso objetivo de oferecer serviços online ótimos e robustos. Assim, no PS4, como queremos investir e melhorar nossos serviços, pedimos aos nossos ávidos consumidores que dividam o fardo conosco, para que possamos continuar a investir."
"Mas para diminuir um pouco a dor, continuaremos a oferecer conteúdo gratuito com diversos jogos, descontos e acessos adiantados em betas do PS4. No início, pegávamos jogos mais velhos de PS3 e Vita para oferecer, mas como no PS4 tudo é novo, resolvemos fazer uma versão menor de Drive Club com todas as ferramentas online liberadas, para já oferecer gratuitamente no primeiro dia."
Sobre o ciclo de vida do PS4, Yoshida diz que ele crê que será similar ao do PS3.
Sobre The Last Guardian, Shuhei diz que o jogo continua em produção.
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