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Internet.org: Facebook anuncia plataforma que quer democratizar a internet

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sonic2099

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O Facebook acaba de lançar uma plataforma que promete levar a internet para as áreas remotas e de baixa renda em mercados emergentes. O Internet.org, iniciativa que teve apoio do governo brasileiro e quer democratizar a grande rede no mundo todo, passou por algumas polêmicas que envolviam acusações de que o projeto violava os conceitos da neutralidade de rede. No Brasil, a ideia também foi criticada por entidades que pediram o fim do acordo entre o país e o Facebook.

O lançamento do Internet.org foi acompanhado de um pronunciamento oficial de Mark Zuckerberg, que deu mais detalhes sobre o projeto e explicou as vantagens que os desenvolvedores e empresas vão ter ao aderirem à campanha. Segundo o criador do Facebook, a iniciativa vai impulsinar os esforços para conectar as pessoas do mundo todo.



A ideia do Internet.org

A iniciativa, lançada em nove países da África, América Latina e Ásia, conectou mais de oito milhões de pessoas à internet, e agora está aberta a todos os desenvolvedores que atenderem certas diretrizes. A ideia é simples: oferecer uma plataforma através da qual as pessoas possam criar sites fáceis de acessar por meio de dispositivos básicos e em situações que contem com bandas de conexão limitadas.

Esses sites, segundo Zuckerberg, deverão ser simples e eficientes quando considerado o consumo de dados, para que as operadoras – em “parcerias não-exclusivas” – possam oferecer esse serviço de forma gratuita e de forma econômica e sustentável. A princípio, as páginas não pagarão para serem incluídas no esquema, tampouco serão cobrados dos desenvolvedores que queiram criar conteúdo nesse formato.

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"Tínhamos que começar de algum lugar", afirma Zuckerberg. "Então lançamos [o projeto] com alguns parceiros que queriam trabalhar com a gente nessa missão de conectar o mundo. Mas iremos trabalhar com qualquer um que queira se juntar a nós... Logo iremos compartilhar uma especificação técnica aberta, e qualquer serviço compatível estará disponível por meio do Internet.org em todo o planeta. Isso dará às pessoas ainda mais escolha e serviços grátis”.

No vídeo, o criador do Facebook explica que a escolha inicial de oferecer uma pequena gama de serviços no Internet.org se deu por causa de decisões práticas. Afinal, segundo Zuckerberg, “não é sustentável oferecer a internet toda de graça”, pelo menos por enquanto. Em fevereiro, a rede social havia fechado uma parceria com a empresa Reliance Communications para lançar a plataforma na Índia.


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1. Dois terços da população mundial, quatro bilhões de pessoas, não têm acesso à internet, mesmo que a maioria viva em áreas que contenham cobertura de celular;
2. Os dois principais obstáculos são o alto custo da conexão e a falta de conhecimento sobre os benefícios que a conectividade pode trazer;
3. A Internet.org é uma iniciativa liderada pelo Facebook para contribuir para que essas barreiras sejam superadas, permitindo que milhões de pessoas possam descobrir a internet;
4. Conectividade significa acesso à informação e tem o poder de transformar a vida das pessoas, dando voz e oportunidades ilimitadas a centenas de milhões de pessoas em nossa comunidade global;
5. Trabalhando ao lado de empresas, governos e operadoras, a Internet.org oferece uma gama de serviços úteis e gratuitos na internet, em áreas de saúde, educação, empregos, notícias e troca de mensagens;
6. A iniciativa Internet.org já está transformando o mapa global de conectividade. No último ano possibilitou que sete milhões de pessoas se conectassem, a maioria em economias emergentes;
7. Hoje a Internet.org estão disponível para 800 milhões de pessoas em nove países: Zâmbia, Tanzânia, Quênia, Colômbia, Gana, Índia, Filipinas, Indonésia e Guatemala. A Colômbia foi o primeiro país da América Latina a integrar a Internet.org em janeiro deste ano;
8. O aplicativo da Internet.org foi desenvolvido para rodar em todos os tipos de celulares, incluindo smartphones e dispositivos com recursos mais limitados. Não há anúncios na versão do Facebook disponível na plataforma Internet.org;
9. Para que as pessoas possam acessar mais serviços, abrimos as especificações do aplicativo para que desenvolvedores de todo o mundo possa criar conteúdo úteis e relevantes para a Internet.org. Assim, as pessoas poderão ter mais opções do que ver e fazer online. A Internet.org também não é exclusiva a apenas uma operadora de telecomunicações. Queremos trabalhar com o maior número de parceiros para ampliar a conectividade;
10. A iniciativa Internet.org também pretende chegar aos pontos mais isolados do mundo, utilizando veículos aéreos não tripulados movidos a energia solar e tecnologia laser para levar a internet a locais remotos.




As críticas

Apesar das boas intenções dessa plataforma, empresas do comércio eletrônico e desenvolvedores de conteúdo abandonaram a iniciativa depois que ativistas alegaram que o serviço fere os princípios da neutralidade da rede – conceito que defende que todos os sites sejam tratados da mesma forma na internet.

Nikhil Pahwa, voluntário de um grupo de campanha que apoia a neutralidade da rede, defende que a Internet.org causará uma mudança permanente na maneira como a internet funciona: "Demos ligações gratuitas ilimitadas para as pessoas? Então qual o motivo dessa abordagem quase paternalista com a Internet? Você deixa outras companhias e o uso mais amplo da Web em desvantagem".

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A plataforma acaba de ser oficialmente anunciada e agora conta com o apoio de desenvolvedores e empresas que queiram criar conteúdo para o serviço. Ainda é cedo para termos certeza, mas como será que internet vai reagir diante dessa iniciativa? Seria esse o início da democratização ao acesso à grande rede? Ou o começo de um monopólio irreversível?


Fonte: TecMundo

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