Depois de Watch Dogs na edição anterior da E3, foi a vez de Tom Clancy’s: The Division deslumbrar jornalistas e jogadores por todo o mundo. A Ubisoft sabe o que faz, quando anuncia um novo jogo com potencial para surpreender a indústria, não se limita a mostrar um trailer abstrato. Faz de imediato uma demonstração jogável em tempo real.
The Division é um jogo de ação na terceira pessoa, baseado num mundo persistente online que tem de estar sempre ligado e com uma forte componente RPG, semelhante à dos MMO. A ação decorre em Nova Iorque, três semanas depois de um vírus letal tomar conta da cidade. Os serviços básicos começaram a falhar um por um e a sociedade como a conhecemos, ruiu. O Presidente dos EUA invocou a diretiva 51, ativando uma unidade secreta de agentes dedicada a estas situações, denominada The Division.
O mundo de jogo será baseado numa Nova Iorque em decadência, embora ainda altamente reconhecível e com um tom muito realista. Podem esperar encontrar todos os locais mais emblemáticos, como a Estátua da Liberdade, o Central Park e até o metro, que deverá ter uma importância suplementar considerando a temática do jogo.
Embora a jogabilidade funcione a um nível básico como um jogo de ação na terceira pessoa, com tiroteios e um sistema de cobertura bastante dinâmico, The Division incluirá uma forte vertente RPG. Existe várias armas e acessórios para recolher e várias habilidades e características para evoluir, sendo que cada jogador pode assumir um papel específico. Embora existam zonas onde podem deparar-se com dezenas de outros jogadores, a jogabilidade em grupo vai suportar até quatro soldados e um drone, este último controlável através de vários Tablets.
Entre os sobreviventes da epidemia (além dos cidadãos normais e inocentes) foram criadas várias fações, como a que enfrenta os agentes da Division no vídeo adjacente. A função dos jogadores, enquanto agentes, será o de tentar manter a paz e o controlo, enquanto procuram melhorar a situação precária que se vive. Missões como restaurar a eletricidade de um quarteirão, impedir assaltos, salvaguardar recursos preciosos e outros objetivos semelhantes. Os jogadores podem aceder ao mapa, perceber que zonas estão em estado crítico (como a esquadra no vídeo, em baixo) e escolher onde intervir.
Cada agente terá acesso a acessórios de alta tecnologia, desenhados para oferecerem as vantagens necessárias numa situação de emergência como esta. Primeiro, o relógio inteligente, que funcionará em conjunto com uma lente de contacto especial que cria os hologramas, a interface e os menus que podem ver no vídeo. Já os jogadores que participarem através de um Tablet, controlando os drones, terão uma liberdade de movimentos e uma visão privilegiada. Estes jogadores serão sobretudo essenciais como suporte, marcando inimigos no mapa, atrapalhando os seus equipamentos e ajudando os jogadores com habilidades de cura ou aumento de capacidades.
Dada a semelhança do jogo aos MMO, a Ubisoft confirmou que existe um “End Game” planeado, ou seja, apesar de existir um limite de nível que podem atingir, a partir daí terão acesso a missões e funções novas. Como em qualquer RPG, os espólios (loot) serão determinantes para a evolução dos jogadores. No vídeo demonstrativo, depois de assegurarem uma nova arma poderosa, os jogadores assinalam um pedido de extração, mas são intercetados por outros jogadores, no que se torna numa verdadeira batalha pelos espólios. Segundo a Ubisoft, The Division vai integrar PvE (jogadores contra a IA) e PvP (jogadores contra jogadores) no mesmo mundo de jogo.
The Division será lançado para PlayStation 4 e Xbox One em 2014, sem nenhum período concreto de lançamento ainda definido