Como é bem provável que muitos de vocês tenham recebido um novo smartphone ou tablet este Natal (ou até o primeiro), nada como relembrar uma regra básica para garantir que a sua bateria permaneça em bom estado durante o maior tempo possível: a de não deixarem descarregar totalmente a bateria.
É bastante provável que encontrem pessoas que vos aconselhem a deixar a bateria descarregar-se completamente antes de voltarem a recarregá-la, só que na verdade esse pedaço de "sabedoria popular" generalizou-se devido às baterias recarregáveis de NiCd, que sofriam do chamado "efeito de memória" que prejudicava o seu desempenho no caso de serem feitas cargas parciais.
Nas baterias de Li-Ion, as mais populares actualmente, este efeito já não acontece. Pelo que aquilo que era válido para as baterias de NiCd não se aplica às baterias dos smartphones e tablets actuais - pelo contrário, até acaba por ser prejudicial. Para as baterias de lítio, a descarga total é algo nada aconselhável a que se faça frequentemente.
O que deverão fazer é recarregar o vosso smartphone sempre que for possível, de preferência quando o mesmo estiver a cerca de 50% da carga.
A única excepção é quando notarem que a indicação do nível de carga já não estiver a bater certo com o valor real - por exemplo, se o smartphone ficar sem bateria quando ainda indicava 20% no ecrã (ou se chegar a "0%" mas continuar a funcionar durante horas e horas). Isto é porque o nível de carga é feito com base na estimativa da energia usada para a recarregar e na que é gasta, e poderá desviar-se dos valores reais.
Nesse caso, há que proceder a uma calibração do circuito que faz essa estimativa, e que é feita simplesmente mediante um ciclo de descarga e carga completa: usando o smartphone até que se desligue sem bateria e depois fazendo uma carga completa até 100%. Uma vez que isto vai contra a primeira regra que dissemos acima, é algo que não deverão fazer frequentemente, no máximo uma vez por mês, conforme indicado por alguns fabricantes.
abertoatedemadrugada