Em 2013, a AMD anunciou uma API gráfica de baixo nível que seria suportada pela nova linha de placas de vídeo da empresa. Batizada de Mantle, ela foi vista como uma grande promessa, pois permitiria que os desenvolvedores extraíssem uma performance substancialmente melhor das GPUs Radeon compatíveis com a tecnologia GCN – Graphics Core Next, exclusivos da AMD. Além disso, seria uma opção viável ao DirectX no desenvolvimento de jogos.
O Mantle, porém, não passou de promessa, já que a AMD não trabalha mais em otimizações da API desde a GCN 1.2, que inclui placas como a Radeon R9 Fury X, R9 285 e também R9 380.
Isso não significa que a AMD está matando o Mantle efetivamente, mas, tendo em vista que no ano passado a empresa anunciou o Vulkan – uma nova API de baixo nível e fortemente inspirada pelo Mantle, diga-se de passagem –, é natural que eles estabeleçam o foco nas novidades.
O impacto dessa decisão para os gamers é que, nos jogos que eram otimizados para o Mantle, não haverá melhorias efetivas com as futuras placas de vídeo da AMD. Eles continuarão rodando, claro, mas sem aproveitar todo o potencial que o Mantle pode (ou poderia) oferecer.
Apenas uma promessa
Na época de seu lançamento, o grande título que serviu como chamariz para o potencial do Mantle foi Battlefield 4, que de fato apresentava um desempenho melhor nas placas da AMD.
O DX11, sendo uma API gráfica de alto nível, tornava o processo de comunicação entre software e hardware mais oneroso para que existisse compatibilidade com o maior número de placas de vídeo possível.
Depois de Battlefield, porém, foram poucos os grandes títulos que fizessem a balança pesar definitivamente mais para o lado da AMD. Com a chegada do DX12 – que incorporou parte das características do Mantle enquanto API de baixo nível –, a empresa resolveu que "os desenvolvedores de jogos futuros devem usar outros APIs (como o Vulkan e o DX12) e não o Mantle".
Fonte: BJ.com.br