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[Reviews] ANÁLISE - ALIENS COLONIAL MARINES - XBOX 360

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KCRATTOS

KCRATTOS
Moderador
Dificilmente ao ouvir a palavra ‘Aliens’ os jogadores um pouco mais rodados não lembrarão de outra coisa que não seja a famosa série de filmes dos anos 70 e 80. Desde aquela época, os diversos títulos que surgiram no mercado nos remetem aos filmes estrelados por Sigourney Weaver, onde ela interpretava Ellen Ripley, e veiculavam naves que ‘sempre carregavam uma grande ameaça a bordo’.

De certa forma, a fórmula de toda a série de filmes pode ter ficado um pouco batida, mas é garantia de sucesso caso seja lançado mais um filme da franquia nos dias atuais. Tudo porque os aliens contidos no filme conseguiram assustar várias gerações de crianças e jovens durante todos estes anos. É por isso que quando um jogo carrega o nome ‘Aliens’ em seu título, é normal que os fãs esperem ver um grande produto – ao menos um game que os convença disso.

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Em 2002 surgiram as notícias sobre um jogo com este mesmo nome, Aliens: Colonial Marines, que seria distribuído pela Electronic Arts e chegaria para o PS2, mas teve seu desenvolvimento cancelado. O jogo seria desenvolvido pela Fox Interactive e pela Check Six Games, mas não conseguiu completar seu caminho até o console da Sony. Seria este um aviso de que o título estaria ‘amaldiçoado’? Se foi, parece que a SEGA não percebeu tal sinal.

Aliens: Colonial Marines fará com que os fãs da saga alienígena revivam diversos momentos, e até mesmo um pouco do medo que sentiram enquanto assistiam ao primeiro filme da série. E sentirá isto logo nos primeiros minutos de jogo, pois todos os outros serão de xingamentos feitos à produtora Gearbox e à SEGA por terem feito um jogo tão fraco para a série. Vale lembrar que o este game é tratado como uma sequência dos acontecimentos do filme de 1986, Aliens, o Resgate.

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A parceria entre as duas empresas havia dado certo em Aliens Infestation, onde ela colaborou com o estúdio WayForward, ou pelo menos o jogo se saiu bem melhor em relação a este. Talvez por isso elas tenham pensado em investir neste título para os grandes consoles, o que não parece não ter sido uma boa ideia.

A demo do jogo, que foi lançada em 2012, deixou os jogadores bastante ansiosos para o seu lançamento. Mas parece que a surpresa veio às avessas. Todos os detalhes técnicos e visuais que são encontrados na demo simplesmente não reaparecem na versão final do jogo. É como se a versão da demo fosse a oficial, e a versão ‘final’ fosse um beta que depois seria devidamente guardado, e não lançado para os jogadores.

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Acrescente todo este mau acabamento do jogo a gráficos fraquíssimos, e teremos o pior game de alienígenas que já vimos nos últimos tempos. Logo nos minutos iniciais já percebemos o nível de qualidade do título que temos em mãos. Encontramos um tenente durão que precisa motivar seus fuzileiros, mas ao começar a falar, vemos que suas palavras parecem não ter sincronização. Isto até poderia ser ignorado, não fossem os personagens mal desenhados, e que caminham de forma engraçada pronunciando diálogos batidos. “You’re not in Kansas anymore” ficou muito bem utilizado em Avatar, mas não em Aliens: Colonial Marines.

Mas a Gearbox poderia ter utilizado tudo isto apenas para esconder um ótimo jogo por trás, certo? Errado. Podemos ver que a desenvolvedora aparentemente se preocupou em criar estes ambientes icônicos, além de ter implementado diversos Easter Eggs durante a campanha de Colonial Marines. Mas o game não é um museu interativo de ficção científica, e sim um FPS – bom, gostaríamos mesmo que ele pudesse ser tratado assim.

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E então você pensa, “Pode ser que as coisas melhorem quando os Aliens começarem a surgir”. A princípio, este pensamento é reforçado com o clima que paira no início do seu avanço por dentro da nave U.S Sulaco, mas só dura até você realmente encontrar os primeiros xenomorfos. Se a ideia do jogo era criar inimigos que seriam grandes caçadores de humanos, eles conseguiram... Conseguiram ir completamente para o lado oposto – ou talvez um pouco mais além.

A inteligência artificial parece não existir. A Gearbox conseguiu criar a versão DumbAlien, onde eles não possuem ‘liberdade’ para se locomoverem, e ainda aparecem como os respawns encontrados antigamente no Tibia. (Os animais simplesmente apareciam no mapa, e ficavam lá parados até que alguém passasse por ali, eles não se movimentavam pelo mapa.)

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Graças aos DumbAliens, algumas cenas podem até ser vistas de forma engraçada. Em uma destas cenas, você e seu parceiro estão prestes a avançar para um local que está repleto de xenomorfos, e assim que entrarem neste local, eles virão pela parede, e seu parceiro começará a atirar. E se inicia a parte humorística do game. Em primeiro lugar, o seu parceiro atira como se não houvesse amanhã, mas seus tiros nunca são o suficiente para matar. Segundo, os Aliens estão a todo o momento querendo seu corpo nu, e sempre irão te atacar, ignorando seu parceiro, mesmo que você volte e feche a porta na cara deles!

Parece que eles estão infectados por um tipo de vírus que os transformam nos velociraptors encontrados em Jurassic Park, quando estes ‘aprendem’ a abrir portas. Até onde é possível lembrar os filmes, eles não abriam portas, mas parece que ganharam esta nova habilidade. Nesta mesma parte, se você simplesmente fechar e porta e descer as escadas, continuará ouvindo os sons emitidos pelos Aliens, e ao abrir a porta novamente os encontrará parados, provavelmente pensando ‘Mas onde será que ele se meteu?’

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Os DumbAliens também parecem ter problemas para atacar. Seus movimentos são praticamente os mesmos: correr, correr, pular, jogar ácido, dá uma giradinha, uma quebradinha, mexe a cadeirinha. Se você morrer mais adiante e precisar refazer seu caminho, basta tentar lembrar quais foram os movimentos feitos pelos aliens, e então você não precisará mais se preocupar para onde terá que atirar, pois eles farão os mesmos movimentos, e já saberá onde encontrá-los.

Aliens: Colonial Marines também contém algumas das inovações implementadas pela Gearbox em sua série de sucesso Borderlands. Enquanto vamos progredindo, é possível avançar de nível, e melhorar seu equipamento. Poderia ser um bom motivo para querer progredir no jogo, tendo em vista que você consegue pontuar através de seu progresso na campanha, ou disputando partidas pelo multiplayer.


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O multiplayer também parece ter sofrido com a falta de imaginação da Gearbox. Ao todo temos quatro modos – Team Deathmatch, Extermination, Escape, e Survival. Entre estes modos, Escape é o que mais se destaca. Este modo nos lembra Left 4 Dead, mas com Aliens, onde um time de marines precisa correr para um ponto de extração, enquanto deve fugir do outro time, composto por xenomorfos. Entretanto, apenas dois mapas estão disponíveis para o modo - o que pode ser frustrante.

Aliens: Colonial Marines te frustrará em todos os aspectos – e de cara te fará lembrar de Duke Nukem Forever. A não ser que você seja um super fã da série e queira jogá-lo de qualquer maneira, não é aconselhável perder seu tempo e dinheiro neste título. O que mais vai te assustar ao começar a jogá-lo serão os gráficos fraquíssimos que os xenomorfos apresentam. Apesar de a ideia do jogo ter sido muito boa, parece que a Gearbox estava ocupada demais trabalhando em Borderlands e acabou deixando a peteca cair por aqui.


A FAVOR:


- Os efeitos sonoros são icônicos;
- O modo multiplayer não salvará o jogo, mas poderá te ‘consolar’ por um tempo.


CONTRA:


- Inteligência Artificial? Cadê?;
- Gravíssimos problemas nos gráficos e no acabamento;
- Parece uma sequência do filme de 86, que utiliza uma engine de 86;
- Uma campanha truncada demais.

VEREDITO:

Aliens: Colonial Marines te frustrará em todos os aspectos – e de cara te fará lembrar de Duke Nukem Forever. A não ser que você seja um super fã da série e queira jogá-lo de qualquer maneira, não é aconselhável perder seu tempo e dinheiro neste título. O que mais vai te assustar ao começar a jogá-lo serão os gráficos fraquíssimos que os xenomorfos apresentam. Apesar de a ideia do jogo ter sido muito boa, parece que a Gearbox estava ocupada demais trabalhando em Borderlands e acabou deixando a peteca cair por aqui.



Fonte: FinalBoss

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