[Review] Sly Cooper: Thieves in Time

Título: Sly Cooper: Thieves in Time
Produtora: Sanzaru Games
Lançamento: 27/03/2013

Pontuações:

IGN - 8.0
WASD - 7.5

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Passaram 8 longos anos desde a ultima aventura do nosso herói Sly Cooper. Em 2005, época pré Playstation3, foi lançado para a Playstation 2 o título Sly 3: Honor Among Thieves pela Sucker Punch, editora que mais tarde nos trouxe o aclamado Infamous e que entretanto deixou na prateleira a sua antiga mascote, Sly Cooper.
Começou por ser um título desenvolvido de forma independente e sem fundos pela Sanzaru Games, mas que impressionou de tal forma a Sony que logo reuniu desta a sua aprovação e financiamento para a sua continuação.


A história começa quando Bentley (o cérebro do grupo) descobre algo de errado no livro “Thievius Raccoonus” (livro que conta a história do clã Cooper ao longo dos tempos) e rapidamente entra em contacto com os restantes membros do grupo para arranjar uma solução para o problema: A história dos Cooper parece estar a desaparecer!
A mecânica de jogo à volta de Sly Cooper Thieves in Time mantém o estilo de acção em plataformas misturada com exploração furtiva a que já nos tinhamos habituado com os anteriores títulos da saga.
Neste jogo temos garantidas muitas e longas horas de aventura, quer seja a perseguir a linha de história principal ou simplesmente a explorar os cenários realizando missões secundárias em que temos de recuperar items que vão fazendo parte do nosso espólio em exposição no nosso esconderijo, encontrar máscaras e cofres e até mesmo garrafas perdidas pelos cenários.
Não sendo um jogo curto, não é demasiado difícil conseguindo assim evitar frustrações quer nos jogadores mais novos, quer nos mais adultos que concerteza irão ficar satisfeitos com o divertimento que este titulo proporciona.

A acção desenvolve-se à volta de Sly e dos seus companheiros, sendo o jogador convidado a jogar com várias personagens diferentes ao longos dos vários capítulos. Temos assim missões que têm de ser cumpridas com cada personagem durante as quais somos brindados com muitas cenas de história repletas de dialogos cheios de humor.
Algumas das missões contam ainda com alguns mini-jogos de ritmo musical ou até mesmo de destreza com o acelerometro do comando, que é necessário concluir para conseguir avançar na história.
Cada personagem tem o seu próprio estilo de jogo que é preciso aprender a dominar e evoluir através de movimentos especiais que podem ser adquiridos entre missões na loja existente no esconderijo. Para tal é preciso amealhar moedas douradas que existem nos objectos quebráveis e nos enimigos que vamos eliminando. Algo a ter em conta é que os nossos inimigos possuem bolsas que podemos roubar e nestas por vezes encontrar items especiais que podem dar uma ajuda precisosa nas nossas missões.
A banda sonora é alegre e é outro bom exemplo de um pormenor bem conseguido. Ao longo do jogo, esta vai mudando consoante a época em que nos encontramos e adapta-se perfeitamente ao ambiente e ritmo do jogo. Os efeitos sonoros são também alegres e fazem lembrar os efeitos existentes em desenhos animados, contribuindo significamente para o ambiente divertido que este jogo proporciona.

Sly e os seus antepassados são mestres da arte furtiva e com eles seremos convidados a explorar à socapa os vários caminhos, cantos e recantos dos mapas. Com Bentley a tartaruga e com Murray o hipopótamo e o seu jeito pesado e brutamontes a acção furtiva passa para segundo plano e damos uso a outro estilo de jogo próprio de cada personagem.
Ao todo temos 9 personagens diferentes para encarnar ao longo dos 5 ambientes distintos que iremos visitar de forma a reparar o mal feito pelos inimigos do clã Cooper.

Veredicto

No que diz respeito à pesada herança que este título (sendo o quarto jogo da saga) teria de aguentar para se tornar um digno sucessor, pode-se dizer que em nada desilude os fãs. A história apesar de mirabolesca, dá algum sentido de continuidade apoiada em diálogos ricos e cheios de piadas. A mecânica de jogo segue com a linha dos jogos anteriores e acrescenta alguma diversidade ao jogo trazendo novas personagens com estilos diferentes que permitem longas horas de jogo e bom humor.
Os cenários com aspecto cartoonesco são cuidadosamente trabalhados e visualmente muito impressionantes tirando proveito do poder gráfico das consolas PS3 e PSVita.
Trata-se portanto um titulo digno de figurar lado a lado com outros clássicos de plataformas como Ratchet e Clank ou Jak and Daxter. De referir ainda que na compra da versão PS3, somos presenteados com a versão digital para PSVita, podendo usufruir das capacidades de cross-save e cross play para os jogadores que forem assinantes do serviço PSPlus.