O Facebook está empenhado na sua missão de se tornar a plataforma de publicidade mais eficaz do mundo virtual, e para isso tem mostrado que está a fazer o dever de casa e a estudar muito bem os seus utilizadores, até mesmo fora da rede social.
O jornal norte-americano "The New York Times" explica que a estratégia de publicidade segmentada da companhia de Mark Zuckerberg vai muito além das informações reveladas pelo próprio utilizador no Facebook. Para que os anunciantes consigam atingir o público alvo de maneira eficiente, a rede social está à procura de informações em fontes de dados externas para aprender mais sobre cada pessoa que utiliza a sua plataforma. Desta maneira, ela pretende fazer com que os utilizadores vejam apenas anúncios considerados relevantes para eles.
Para conseguir atingir a sua meta e agradar aos anunciantes, no final do último mês o Facebook anunciou parcerias com quatro empresas que fazem o trabalho de colecta de dados comportamentais lucrativos, operações de loja de cartões de fidelização, lista de e-mails de clientes e monitoramento de visitas a sites. Estas empresas são: Acxiom, Datalogix, Epsilon e BlueKai.
As parcerias podem ajudar a personalizar um anúncio para um utilizador interessado num carro novo, por exemplo, explica o jornal. "Nosso objetivo é melhorar a relevância dos anúncios que as pessoas veem no Facebook e a eficácia das campanhas de marketing", disse Gokul Rajaram, diretor de produto para anúncios no Facebook.
Já para os utilizadores, estas mudanças no sistema de publicidade significam que eles não vão ver apenas publicidades baseadas no que eles "gostam" no Facebook, mas sim nas suas tendências online e offline. Isto porque a empresa vai analisar o que eles gostam de comer, que tipo de roupa costumam usar, etc.
A rede será capaz de saber, por exemplo, que, se o utilizador usa o seu cartão de fidelidade do supermercado para comprar sumos, ele pode se deparar com um anúncio da Coca-Cola quando fizer login no Facebook. Mas é importante destacar que nenhuma informação de identificação sobre os utilizadores será compartilhada com os anunciantes, já que os nomes de utilizador e e-mails do Facebook serão criptografados e protegidos.
Canaltech