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A favor:
- Puzzles bem feitos e divertidos;
- Narrativa bem humorada e dinâmica;
- Personagens diferentes e bem pensados. Devido aos bons gráficos, você saberá como distingui-los perfeitamente;
- Um bom jogo para se explorar, mas é necessário ter paciência.
Contra:
- Pode se tornar um jogo ‘lento’ demais;
- Alguns puzzles podem se tornar repetitivos;
- Multiplayer fraco, que pode tornar o jogo mais chato do que divertido.
Veredito:
The Cave fará você jogá-lo mais de uma vez, já que inicialmente é possível escolher apenas três entre os sete personagens possíveis. O humor presente na narrativa, os puzzles muito bem feitos, e sua jogabilidade simples, serão essenciais para conseguir prender sua atenção por algumas horas de gameplay.
Análise - The Cave - Playstation 3
Quem foi que disse que um jogo para ser bom necessita ter os melhores gráficos, o melhor som, a melhor jogabilidade, o melhor tudo? Quem se agarra a qualquer uma dessas perguntas, com certeza perderá a chance de conhecer um grande jogo. Este é o caso de The Cave, produção do estúdio Double Fine, em parceria com a Sega.
Um jogo “simples”, mas que consegue prender a sua atenção devido aos puzzles que te envolvem dentro dele. É preciso prestar muita atenção a cada detalhe, para que nada passe despercebido. Com um controle simples, o jogador conseguirá aprender rapidamente como comandar seus três personagens – isto será esclarecido mais abaixo.
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The Cave é um jogo de plataforma/aventura, e que também explora bastante o lado dos quebra-cabeças, deixando com que o jogador seja bem criativo para lidar com o que vem pela frente. Ele foi criado por Ron Gilbert, e utiliza os conceitos que também apareceram em Maniac Mansion, game de Gilbert que foi lançado em 1987.
A história do jogo é iniciada por um "narrador desconhecido", até que ele se revela como a própria caverna. É isso aí, o jogo se inicia com uma caverna falante, que possui diversos labirintos dentro da mesma. O jogador então deverá escolher três personagens, entre os sete possíveis, para resolver os desafios. Os personagens são atraídos para dentro da caverna, pois acreditam “aprender algo sobre eles mesmos, e sobre quem eles se tornarão”, segundo o próprio Gilbert.
Cada personagem possui uma história diferente, que é apresentada pelo nosso narrador-caverna ao pararmos com a seta de escolha em cima de cada um. Os personagens são bem diferentes uns dos outros, e além de cada um possuir a sua própria história, eles possuem uma habilidade específica, que poderão ser combinadas futuramente durante os puzzles encontrados. De fato, são eles que, junto dos puzzles, tornam The Cave uma experiência bem legal.
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Um fato interessante, e que só poderá ser percebido por quem começar o jogo várias vezes, é que de acordo com as escolhas de seus personagens, o seu caminho por dentro da caverna será diferente. Caso você escolha o cavaleiro, você terá um puzzle onde deverá "enfrentar" um dragão, para conseguir o colar da princesa, e o rei lhe conceder o direito de tentar retirar uma espada de uma rocha – vocês reconhecem tal história, não? Se optar pelo caipira, conseguirá atravessar longos caminhos embaixo d'água, locais onde os outros não conseguirão, pois não prendem a respiração como ele.
Se optar pela aventureira, também haverá uma história onde ela será a “protagonista”. Entretanto, você sempre precisará trabalhar em conjunto com os outros dois personagens, para que os puzzles dêem certo. Ou seja, não adianta pegar aquele personagem que você achou mais legal e tentar resolver tudo sozinho, pois você sempre precisará da ajuda dos outros dois. O jogo ainda conta com um multiplayer local, mas não significa que o torne mais divertido, já que a tela não é dividida, e todos necessitam andar juntos.
Cada personagem tem a sua história “desenvolvida” através de pinturas encontradas pelo mapa e cumprindo suas missões. Podemos entender um pouco de sua história, e entender suas motivações de entrarem na Cave.
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Além das habilidades dos personagens, que devem ser utilizadas para resolver os puzzles, o jogador ainda conta com uma série de objetos espalhados pelo mapa, que são identificados ao passarmos por eles. No início, por exemplo, encontramos um balde, que deverá ser utilizado em um dos puzzles. Mas, há casos onde os objetos não precisam ser utilizados da forma em que nós esperamos, como acontece com a pá em um determinado puzzle.
Mas nem tudo são flores neste game. Apesar de ele ser uma grande experiência para aqueles que curtem resolver puzzles, e sentem saudades de jogos "old school", ele pode apresentar algumas falhas ou elementos chatos. Alguns puzzles são extremamente cansativos, pelo fato de você não contar com uma ferramenta para andar “mais rápido” pelo mapa. Em alguns casos, o item que você necessita está bem distante de onde você está, e pode ser cansativo efetuar esta viagem diversas vezes.
O fato de o jogador não possuir um inventário pode ser bom e ruim, dependendo da sua “capacidade de organização”. Para manter os itens o mais próximo possível, você pode carregá-los pelo mapa, e deixá-los em algum local mais próximo apenas. Porém, se for a primeira vez que você esteja enfrentando aquele puzzle, como saber qual item “carregar” por ai? É, não dá. Este vai-e-vem talvez não incomode os jogadores fãs de jogos clássicos, mas The Cave deixa um pouco a desejar estes pequenos problemas que caracterizam aqueles primeiros jogos clássicos.
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O fato de o mapa possuir “cenários parecidos” também pode atrapalhar um pouco a “memória” do jogador, que poderá se confundir com os lados a seguir, e retardar ainda mais a sua trajetória de um lado para o outro.
Apesar de tudo, o jogo não é tão complicado depois de você entendê-lo. Seus controles são bem básicos – um botão para pular, um para utilizar a habilidade do personagem, um para soltar o objeto que você está carregando, outro para utilizar o objeto. O que o jogo mais requer dos jogadores é atenção para todos os pequenos detalhes encontrados.
The Cave fará você jogá-lo mais de uma vez, já que inicialmente é possível escolher apenas três entre os sete personagens possíveis. O humor presente na narrativa, os puzzles muito bem feitos, e sua jogabilidade simples, serão essenciais para conseguir prender sua atenção por algumas horas de gameplay.